Centenas de pessoas gritam Santo, Santo, Santo. Entre estes muitos choram, outros glorificam, apertados com pouco espaço para se mexer, dentro de um ginásio que há mais de 27 anos é palco do movimento missionário mais conhecido do Brasil.
Homens, mulheres e crianças se programam o ano inteiro para sentirem a presença do Senhor na pequena cidade de Camboriú. Acomodam-se em hoteis, casas, carros, barracas e até mesmo dentro de ônibus. Este é o cenário, um lugar pequeno, desconhecido, de povo simpático, alegre, às vezes fechado, mas receptível ao povo de Deus.
Tudo começou com uma promessa, e promessas acontecem quando há espera. O ano era 1982, um tal de Cesino, pastor, da igreja Evangélica Assembleia de Deus, chegava acompanhado de sua família para começar um trabalho de reestruturação na igreja, que no momento, encontrava-se em grande crise.
Ao passar dos anos às situações foram resolvidas, e o Espirito de Deus começou a operar prodígios e maravilhas entre àqueles que lhe davam liberdade. Certa vez, em uma reunião de oração, Deus usou alguém dizendo que a cidade, ainda com ruas de barro, poucas pessoas, um número pequeno de igrejas, muitos desafios, sem nenhuma estrutura, seria conhecida em todo o mundo, pois fôra escolhida como cabeça, e não por cauda.
Com o departamento de missões organizado, era necessário enviar o primeiro missionário. Durante as pregações, o Espirito Santo incomodava uma jovem estudante, filha da cidade, membra da igreja, que aceitou o desafio e foi enviada a República da Argentina. Para ela, um país desconhecido, o idioma, só conhecia por ter ouvido os turistas que visitavam a cidade vizinha.
Começava, desde então, o trabalho evangelistico que mudaria a visão de milhares de pessoas. Pr. Cesino Bernardino, presidente dos Gideões Missionários da Última Hora, acompanhado de uma equipe disposta e à postos, almejava alcançar o número de 300 contribuintes, mas o Senhor o surpreendia diariamente.
Um exército, prometido por Deus, de homens e mulheres, começou a se alistar, como verdadeiros soldados, que prontos para a guerra, se desvencilhiam de seus objetivos para defender os interesses de sua pátria.
O evangelho começava a ser pregado, almas eram salvas, experiências espirituais aconteciam aos missionários, que aos poucos, começaram a ser enviados, para todos os lados existentes na “Rosa dos Ventos”.
Não importava o lugar, havia um objetivo, uma meta, e em cada coração a expectativa de continuar. Pelas ondas do rádio em fazendas, grandes cidades, vilarejos e cidadelas era possível conhecer à Voz Missionária, que comunicada por Cesar Furtado, Neide e Cesino, ecoavam aos corações dos ouvintes que se emocionavam ao ouvir uma mensagem empolgante, que refletia o desejo dos comunicadores de transformar o mundo mediante a pregação do evangelho.
Hoje, em proporção redobrada, os Gideões Missionários estão em 30 países, alguns tão longe, que nem mesmo a promessa de “todo o mundo” dita pelo Senhor a muitos anos, parecia poder alcançar. Divididos entre estes países, mais de 1200 missionários levam o evangelho de Cristo, em um só idioma que diz: Jesus Cristo Salva.
Neste ano, cremos que a presença do Senhor irá inundar terras secas, corações em pedregulhos, limpará manchas, feridas, transformará o impossível em possível, surpreenderá a expectativa daqueles que virem, e dos que de longe acompanham os cultos, louvores, pregações e testemunhos.
A mobilização já começou, a cidade está repleta de faixas, anúncios, e o que mais desejamos lhe dizer: Seja bem vindo, querido Gideão.
Calebe Ibaldo Moreno
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